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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Panzergrenadier, France (1940) - 90mm - Andrea Miniatures

O fabricante espanhol Andrea Miniatures possui uma linha de figuras denominada "The Third Reich", que consiste, como o próprio nome já indica, em figuras confeccionadas em metal branco na escala 90mm, representando personagens que pertenceram à máquina alemã de guerra e ao partido nazista, entre eles, Göering, Hitler, Heinrich Heydrich, etc. (link abaixo)

http://www.andrea-miniatures.com/market/AspsProductos

A figura utilizada para este review é a que representa um infante alemão durante a invasão da França, em 1940, que está arremessando a uma granada e portando um fuzil Kar98. Destaque para o uniforme bi color de calças cinzas e túnica field grey utilizados no início do conflito. Uma alternativa para os uniformes todos field greys.

A imagem externa da caixa. A fita colante foi posta por mim para manter a caixa fechada, que acabou descolando e se abrindo durante o manuseio.

As peças vêm dispostas desta maneira na embalagem, que é bem forrada com espuma e as mantém bem fixas, praticamente impossibilitando danos durante o frete.

E o mais legal: na embalagem também vem um mini tutorial de montagem e pintura ,uma pequena foto do modelo e um pequeno folder contendo um pequeno texto, com uma breve história sobre a figura que é representada.


As peças são bem injetadas, com poucas rebarbas, porém pude verificar que a montagem não é tão simples assim, pois as partes não se encaixam "como uma luva" como muitos kits, Será preciso um pouco de trabalho para ajustar as peças. Nada aterrador, a maioria encaixa sem maiores problemas, principalmente as menores, mas é bem trabalhoso. Recomendo a quem não está muito acostumado às montagens e que não está disposto a ter o dissabor de ver seu dinheiro mal empregado, treinar com outras figuras mais simples e baratas antes. Mas pra quem está com "bala na agulha" e "na seca" para montá-la, boa sorte e muita calma nessa hora.

E o kit ainda vem com um pequeno terreno de resina. Ou seja, pra quem sabe ou não quer ter trabalho quebrando a cabeça elaborando terrenos, utilizar o que vem no kit é uma ótima pedida.

A qualidade da injeção das peças é excelente. O panejamento é bem detalhado, dá para fazer um trabalho bem interessante.


O corpo e o rosto, a meu ver, a parte principal de qualquer figura. Um rosto bem esculpido e com uma boa expressão é um excelente começo para um trabalho de resultado estético, agradável e prazeroso de se fazer.

As peças menores. Todas bem injetadas e detalhadas.


Conclusão: Como a esmagadora maioria das figuras da Andrea é uma excelente peça. Vale cada centavo, mas que na minha opinião, principlamente quanto à montagem, não deve ser encarada por figureiros mais inexperientes. Não que estes não sejam capazes de fazer uma bela montagem, mas não custa muito (mesmo), arriscar montar outras figuras mais simples e baratas primeiro.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Pequeno armário para montagem e pintura

Acredito que um dos maiores problemas da maioria das modelistas é o espaço para guardar seus apetrechos de pintura e montagem. Comigo não é diferente, como não possuo bancada, a minha fica na mesa da cozinha, precisei bolar algo portátil para ter as minhas coisas sempre à mão, de forma que pudesse utilizar e guardar tudo de maneira rápida e prática.

E assim, inspirado em um armário parecido que ví em uma revista de plastimodelismo, bolei este pequeno armário de acordo com as minhas necessidades, inclusive com espaço para transportar uma figura. Agora posso transportar minha "bancada portátil" para todos os lugares. É preciso apenas um pequeno espaço horizontal para montar a oficina.

APRJ 2010 - Figuras

APRJ 2010 - Prêrmios especiais de Militaria e Figuras

APRJ 2010 - Brindes sorteados

Sandy Paste


O produto que será testado chama-se “Sandy Paste”, ou “Pasta Arenica” em espanhol, idioma do fabricante, a Valejjo, conhecida principalmente pela qualidade de suas tintas acrílicas. Trata-se de uma pasta, ao que parece, composta por pedra pomes moída em partículas menores que grãos de areia, e sua proposta é facilitar a vida do modelista na hora de confeccionar os terrenos. Alguns modelistas utilizam areia de praia ou lavada, massa corrida, e até gesso para compor seus terrenos, inclusive eu, que até hoje utilizei terra peneirada em meias femininas de seda. Até conhecer esse produto.


Montei uma pequena base com um toco de árvore colada com super bonder para confeccionar o terreno, naturalmente, com o objetivo de aproveitá-la para algum trabalho.


Com uma espátula, colhi um pouco do material e espalhei pela base. A textura é bem homogênea, parecendo um mingau, e espalha muito bem pelo substrato, e o melhor de tudo: pode-se lavar as ferramentas utilizadas depois com água.




É possível fazer marcas de esteiras, pneus e pegadas no terreno, mas não imediatamente após a aplicação. Recomendo aguardar algumas horas até que a superfície não esteja úmida ou grudando. Interessante frisar que após aplicação, a pasta não se espalhou pela superfície, deixando-a lisa. Como se pode reparar nas fotos, o terreno permanece com algumas ondulações e está áspero, o que deixa um aspecto ainda mais interessante e realista.

Experimentei ainda posicionar alguns pedriscos na pasta para verificar se após seca, estes aguentariam a fase de pintura, incluindo o pincel seco, se soltariam, como é muito comum ocorrer com outros materiais.



A secagem da pasta é em cerca de três horas, mas por medida de precaução, eu só mexí na base no dia seguinte.

Após seca, a pasta apresenta um aspecto bem interessante de terra. Os grânulos de pedra deixaram uma textura bem agradável, e o material depois de seco, apresenta uma grande rigidez, praticamente como uma pedra mesmo, e os pedriscos não se soltaram após o manejo. Até aqui, o material vem cumprindo com todos os seus objetivos. Vamos agora à parte da pintura. Porém antes, uma pequena amostra do trabalho pretendido para esta base.




Com um aerógrafo, apliquei uma camada de tinta esmalte numa tonalidade de marrom qualquer. Procurei utilizar um que se aproximasse mais da tonalidade de terreno que eu imaginava. A marca e a cor da tinta é irrelevante no momento, uma vez que a intenção é verificar a cobertura e o aspecto final da tinta no material.


O resultado foi bem interessante. A tinta pegou muito bem na superfície, e não precisei aplicar nada para prepará-la antes. Secou, já pode receber tinta.


Após a aplicação da cor base, resolví aplicar um wash de marrom escuro acrílico, para tirar aquele aspecto de pintura uniforme demais, e o resultado foi muito bom. A pasta reteve a tinta, mas ao mesmo tempo, permitiu que fosse espalhada, evitando a ocorrência de manchas. Isso é muito importante quando se confecciona terrenos, pois a intenção é tingir levemente a superfície, e não manchá-la.


Após isso, apliquei um pincel seco, numa tonalidade de marrom mais clara, para ressaltar as protuberâncias do terreno, e pintei as pedras e o tronco; e depois, foi só aplicar a vegetação.




Resultado final, com um tanquista Polonês, "fiscalizando" o trabalho.



Conclusão: O material passou com grande eficiência em todas as etapas da confecção de um terreno, desde a fixação dos elementos até a pintura final, passando pelo wash e pelo pincel seco. Outro aspecto que deve ser ressaltado, é a cor do material. O cinza, proporciona uma aparência muito mais agradável e muito mais fácil de se pintar do que superfícies escuras de outros materias, como terra peneirada, por exemplo.

Não é um material tão barato assim, e vem em potes de 200ml, mas para quem curte fazer vinhetas ou figuras individuais, utilizando pequenas bases, é altamente indicado e vale cada centavo.

Matéria para o Jornal O Globo.

Eu e Augusto protagonizamos uma matéria para a APRJ no jornal O Globo.

Bases de madeira

Quem monta figuras sempre se vê às voltas com a falta de bases de madeira, e os marceneiros por sua vez, geralmente não gostam de pegar esse tipo de serviço pois dá trabalho e o retorno é muito baixo. Assim sendo, não teve jeito: tive que atacar de marceneiro também. A quase totalidade das bases que utilizo são de fabricação própria.

Basicamente as bases foram feitas com molduras cortadas em ângulo, com acabamento em seladora tingida de imbuia com polimento.

KV1 - 1/35 - Trumpeter

KFz 15 Horch - 1/35 - Italeri