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quarta-feira, 18 de junho de 2008

Pintura de olhos- Parte III

III - A PINTURA

Partiremos para a prática. Utilizaremos como modelo para nosso trabalho, um desenho de um rosto digitalizado.


Imagine aqui, o rosto de uma figura 1/35 ou maior em resina, plástico ou metal. Não importa o material, a técnica é a mesma.

Passo 1 – Fundo dos olhos

O primeiro passo é pintar o fundo dos olhos. Para a pintura, utilize para as cores branco, pele e cinza claro. Sendo que a cor de pele e o cinza servem somente para atenuar a luminosidade do branco, pois entendo que pintar o fundo dos olhos somente com branco, resulta em um acabamento muito artificial. Lembre-se que nos olhos existem vasos sanguíneos e outras substâncias que acabam por alterar um pouco o branco aparente.

Não existe uma proporção exata para a mistura das cores. O que recomendo é que a cor de pele e o cinza claro (o mais claro que puder), somente servirão para “quebrar’ o branco. Porém, para os que gostam de medidas exatas, posso sugerir uma mistura de 90% de branco, 6% de cor de pele e 4% de cinza claro, por exemplo.
Inicie o trabalho pintando a área restrita aos olhos com a tinta branca previamente mesclada com cor de pele e cinza claro. Seja caprichoso, procure não sair muito da área delimitada, pois isso pode fazer diferença no resultado final. Tenha sempre em mente que os olhos são a ”alma“ da figura e sua pintura é de extrema delicadeza. Portanto, o sucesso e ou fracasso dessa empreitada dependem muito mais da constante observância da diligência e paciência do que habilidade manual.


Aplique tinta o suficiente apenas para cobrir a superfície. O excesso fará que a camada fique muito grossa, o que não dará um efeito final agradável. Lembre-se sempre também que por cima dessa camada, irão pelo menos mais umas duas outras camadas de tinta e uma de verniz vitral, conforme veremos adiante. Evite também passar o pincel várias vezes pelo mesmo lugar, pois isso marcará a pintura, deixará riscos aparentes.

A diluição da tinta também é de extrema importância. Ela tem que se espalhar uniformemente e cobrir com eficiência toda a superfície. Caso você sinta que a tinta “gruda” no pincel e se espalha com dificuldade ou ainda, derrama-se fugindo ao controle e penetra nas reentrâncias sem contudo cobrir a superfície desejada, acerte a diluição, pois a tinta está grossa ou fina demais. Feito isso, espere a tinta secar bem.

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